O pedido para melhorias na sinalização do cruzamento entre as ruas Sete de Setembro e Osvaldo Cruz, no centro de Lins, levou vereadores a questionarem estudos técnicos feitos pela Diretoria Municipal de Trânsito.
Tudo começou com a crítica do vereador Damião Franco de Souza (PSDB) ao responsável pela diretoria, o engenheiro Celso Violato. Um abaixo-assinado de comerciantes próximos ao cruzamento, feito em 2007, levantou a possibilidade de se instalar lombadas nas duas ruas.
Segundo Damião, vários acidentes foram registrados no cruzamento, mas nenhuma atitude foi tomada. “Passado o tempo, a cidade vem crescendo e aumentou, mais ainda, o movimento de veículos naquele cruzamento”, disse, para exemplificar a necessidade de melhorias, naquele local.
A instalação de lombadas é apontada pelo vereador como solução para o problema. Ele reconhece que um semáforo poderia causar lentidão no trânsito, pois há um equipamento instalado, um quarteirão acima.
“Fui lá pessoalmente conversar com ele, e ele (Celso Violato) diz que não há possibilidade de se fazer nada”, comenta Damião. A justificativa do diretor de trânsito, conforme relato do vereador, é que é baixo o número de acidentes no cruzamento. A afirmação é discordada pelo vereador.
“Existem motivos de sobra, tecnicamente falando, que não aconselham colocar semáforo ali”, explicou o vereador Aparecido Correia (PMDB), líder do governo municipal. “Não é colocando semáforos ou tachões que vai se resolver, precisa ter cuidado no trânsito”, argumentou.
A crítica de Damião fez o vereador Durval Marçola (PTB) recordar de pedido feito à Diretoria Municipal de Trânsito, feito em julho de 2005 e reiterado em outubro de 2006, para a instalação de um semáforo no cruzamento das ruas Rio Branco e 15 de novembro, em frente a uma agência bancária.
Marçola informou que a solicitação não foi atendida, justificada, também, por estudos técnicos.
“Até hoje nada foi feito, mas que critérios são esses?”, questionou o vereador, acerca do estudo da diretoria.
Damião, ao ouvir a defesa do líder da Prefeitura, feita anteriormente, disse que, se algum acidente grave ocorrer, vai culpar o vereador e o diretor de trânsito. “Vou ficar atento a isso”, frisou.
“Cada um é responsável pelos seus atos. A responsabilidade (se ocorrer algum acidente), é do motorista e não deste legislador”, rebateu Aparecido Correia.