Na tarde de ontem estiveram reunidos os vereadores Roy Nelson (PR) e Dr Marino Bovolenta (PV), quando discutiram sobre a instalação do Centro de Zoonoses de Lins.
Segundo os parlamentares, todos os esforços empreendidos até o momento podem “ir por água abaixo” se não houver uma efetiva articulação política.
“Após tanta luta, várias reuniões e incursões por parte das autoridades linenses, finalmente conseguimos junto ao deputado federal Valdemar Costa Neto (PR) que ele incluísse uma emenda no valor de R$ 250 mil no orçamento da União”, comentou Roy, detalhando que essa verba, no entanto, ainda depende de trâmites burocráticos em Brasília/DF para ser liberada.
De acordo com a secretaria municipal da Saúde Claudia Nunes, o montante previsto na emenda parlamentar foi alocado para aplicação em outro fim (e não para instalação do CCZ), e por isso agora a questão precisa ser revista pelo Ministério da Saúde.
“A gente lamenta muito esse equívoco. Logo agora, quando as coisas pareciam estar caminhando depois de tanto sacrifício... Parece que tudo conspira contra a vinda do Centro de Zoonoses para nossa cidade”, reclamou Dr Marino, um dos maiores entusiastas da causa animal e autor de diversos requerimentos solicitando verbas para viabilizar o empreendimento.
O médico e legislador lembra que desde o início de seu mandato na Câmara de Lins, em janeiro de 2009, os esforços no sentido de tornar o órgão uma realidade teve vários capítulos: debates promovidos pela ONG Anjos de Patas, Audiência Pública realizada em março na Câmara, aprovação da lei que disciplina o controle de zoonoses e bem-estar animal e aprovação da Lei de Posse Responsável, além de manifestações de apoio às iniciativas que garantam a integridade dos bichos.
Requerimento de sua autoria aprovado ano passado, por exemplo, parabenizava o deputado federal Dr Talmir (PV) pelo projeto de sua autoria proibindo cirurgias mutilantes em pequenos animais.
“Essa causa é mais abrangente do que muitos possam imaginar. O controle de zoonoses significa uma eficaz ação preventiva na saúde pública, já que boa parte das doenças são transmitidas por animais que perambulam pelas ruas”, destaca o vereador.
De acordo com o gabinete de Costa Neto, no Congresso Nacional, o impasse deverá ser resolvido no máximo até agosto.