O Dia Municipal Lei Maria da Penha, criado por meio de projeto de lei do vereador Dr. Marino Bovolenta Jr. (PV), foi comemorado no sábado, 7. Para lembrar a data, voluntárias do Grupo de Acolhimento à Mulher (GAM) entregam panfletos com orientações sobre a lei e utilizaram a sessão da Câmara de Lins, nesta segunda-feira, 10.
Os panfletos foram entregues no calçadão de Lins, na manhã de sábado. O material aborda a criação da data no município e os direitos da mulher, garantidos através da Lei Maria da Penha. As voluntárias tiveram apoio da Câmara de Lins para a elaboração e impressão dos panfletos.
Na sessão ordinária de segunda-feira, uma das voluntárias do GAM, a estudante de psicologia pelo UniSalesiano, Elaine Pereira Simião agradeceu, na tribuna livre, o apoio da Câmara ao trabalho de orientação à mulheres vítimas de violência doméstica.
Há quatro meses, ela e a psicóloga Thalita do Valle Faria realizam atendimento no “plenarinho” da Câmara. O espaço foi cedido pelo presidente da Câmara, vereador Edgar de Souza (PSB). O trabalho é feito às terças-feiras, entre 18h e 19h.
“O grupo visa acordar a mulher que é vítima de violência sobre os direitos, orientando sobre a lei, já que muitas desconhecem”, diz Elaine. “Nós trabalhos a autoestima, porque, quando a mulher está em um círculo de violência, ela fica insegura e não sabe que rumo tomar”.
As orientações têm o intuito de fazerem as mulheres ter coragem para denunciar o marido ou companheiro que a agride. As vítimas de violência doméstica são encaminhadas pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) ao GAM. “Às vezes, as mulheres procuram o GAM, e o grupo faz o encaminhamento à delegacia”, comenta.
O GAM denuncia que esse tipo de violência atinge todas as classes sociais. “A violência acaba envolvendo todos que estão no âmbito familiar”, afirma Elaine. O trabalho das voluntárias foi elogiado pelo vereador Dr. Marino Bovolenta Jr. “Vocês merecem todo apoio que a Câmara possa dar”, garantiu.
Os vereadores Roy Nélson (PR), Guadalupe Boa Sorte (PTB), Aparecido Correia (PMDB), Damião de Souza (PSDB), José Gomes (PPS), Marcinho Carnes (PMDB), Mauro Gás (PP) também reconheceram, na sessão, a importância do trabalho do GAM.
“Muitas vezes as mulheres não tem coragem em denunciar, porque acreditam que a relação como marido vai melhorar; então, não é muito fácil esse trabalho com as mulheres”, reconhece Guadalupe.
PROJETO ACADÊMICO
O projeto realizado através do GAM começou em um trabalho acadêmico, em 2006, para o curso de psicologia do UniSalesiano. O atendimento foi feito, inicialmente, na própria faculdade, por um semestre. “Como era um projeto acadêmico, a faculdade só pôde proporcionar por esse período”, explica Elaine.
Após esse período, havia a necessidade de um outro espaço para o atendimento. Nesse ano, após a criação da lei municipal, a Câmara de Lins resolveu ceder o “plenarinho” para que os atendimentos sejam realizados. O GAM é supervisionado pela coordenação de Psicologia do UniSalesiano.