MUNICÍPIO E CÂMARA
A data de 21 de abril de 1920 é de grande significação para a história político-administrativa de Lins.
Realizou-se nesse dia, sob intenso e justificado júbilo da população linense, a sessão solene de instalação do município de Albuquerque Lins e posse de sua primeira Câmara Municipal.
O ato histórico aconteceu no edifício da Câmara, na Avenida 4, às 14:30 horas.
Estavam presentes o Doutor Múcio Floriano de Toledo, Juiz de Direito da comarca de Pirajuí, e os vereadores eleitos: Dr. Urbano Telles de Menezes, Coronel João Pinto Ramalho, Dr. João Luiz de Souza, Tenente Floriano Pupo Netto, José Antunes da Silveira e Manoel de Sá Fortes Junqueira Júnior. Também, as seguintes pessoas: Dr. Luiz de Toledo Piza Sobrinho, deputado estadual, por si e como representante dos Drs. Oscar Rodrigues Alves - secretário do Interior do Estado, Manoel Joaquim de Albuquerque Lins - senador estadual, e Coronel Virgilio Rodrigues Alves vice-presidente eleito do Estado; Coronel Joaquim de Toledo Piza e Almeida; Dr. Arlindo Ribeiro da Luz - diretor da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil; Dr. José Eurico dos Santos Abreu; Capitão João Antonio Loureiro; Coronel Jayme de Toledo Piza e Almeida; José Carlos de Oliveira Garcez Sobrinho; José de Oliveira Guedes e Manoel Nogueira de Sá, representante da Câmara Municipal de Pirajuí; Joaquim Pompeo de Toledo, representantes da Câmara Municipal de Penápolis; Coronel Juvêncio Silva, representante da Câmara Municipal de Avaí; Drs. Graccho da Costa Rodrigues e Oscar Guimarães, respectivamente chefe do tráfego e chefe de linha da Estrada de Ferro Noroeste do Brasil; Manoel de Almeida Brandão, inspetor do tráfego da mesma ferrovia; Francisco da Costa e Silva, representante da Câmara Municipal de Matão; Coronel Pedro Gomes Guimarães, representante do diretório político de Bauru; Domingos de Mattos Guedes, Cândido Rodrigues e José Francisco Ribeiro, respectivamente 1., 2. e 3. juizes de paz do distrito de Albuquerque Lins; Pe. João Carrelli - vigário da paróquia; Frei Fernando, representante dos capuchinhos do Convento de Penápolis; jornalistas Almeirindo Cordarelli e Carlos Marques, de Bauru; jornalista Edgar de Castro Marques, da imprensa local; Dr. Ademar Setubal - delegado de polícia de Pirajuí; serventuários da Justiça, representantes do Foro de Pirajuí, autoridades policiais do Distrito, além de numeroso público.
Após convidar os Vereadores eleitos a assumir os seus lugares e de lhe deferir o compromisso legal, o Dr. Múcio Floriano de Toledo, juíz de Direito da Comarca, declarou, sob aplausos gerais, instalado o município de Albuquerque Lins, da comarca de Pirajuí, criado pela Lei n. 1.708, de 27 de dezembro de 1919, e empossados os vereadores Dr. Urbano Telles de Menezes, Coronel João Pinto Ramalho, dr. João Luiz de Souza, Tenente Florêncio Pupo Neto, José Antunes da Silveira e Manoel de Sá Fortes Junqueira Júnior.
O Dr. Múcio Floriano de Toledo usou da palavra, saudando o novo Município e os Vereadores empossados. Respondeu, agradecendo, o vereador Dr. João Luiz de Souza.
Antes que fosse encerrada a Sessão Solene, discursou ainda a menina Nair de Souza Carvalho, saudando em nome do povo de Albuquerque Lins os Drs. Múcio Floriano de Toledo e Luiz de Toledo Piza Sobrinho.
Registre-se que a ata dessa histórica foi lavrada pelo vereador Manoel de Sá Fortes Junqueira Júnior, por designação e convite do Dr. juiz de Direito da Comarca.
Além das autoridades e pessoas que já citamos, também assistiram essa Sessão Solene, entre outros, os Srs. Aristides de Toledo Fonseca Piza, Gabriel Garcia de Figueiredo, Coronel José André Junqueira, Carlos Junqueira de Andrade, Antonio Azevedo Marques ("O Município"), Júlio Gonçalves Salvador, Recaredo Silva, Joaquim Simões Mathias, Vicente P. Ramalho, Pedro Ferreira, Francisco Duarte Azadinho, José da Silva Pinto, Anacleto Giglioli, Emygdio Elias de Godoy, Plínio de Faria Fraga Moreira, Octávio Barbosa Lima, José de Oliveira Guedes, Elias Gonçalves Salvador, Nunzio Malzoni, Sebastião Rebouças de Carvalho, João Guilherme Maia, Dimas Ribeiro, Antonio André Pinheiro, José Pedro Godinho, João Baptista Caetano, Coronel João Braúlio Junqueira de Andrade, Gil Rodrigues, Fernando Simões, Júlio Cesar Ferraz, Manoel Pereira Costa, José Antunes, José Fernandes, José Custódio Vieira, João Custódio de Freitas, Francisco Pedro de Freitas, José Rodrigues da Silva, Ceciliano Alves, José Maria de Mendonça, Martinho Teixeira da Silva, Eusébio Gomes da Silva, José Augusto, Amador Cândido Rodrigues, Alfredo Sebastião de Oliveira, Benedito Alfredo de Oliveira, Alípio Carvalho e Elpidio Carvalho.
COMARCA
(Ata)
"AOS vinte e oito dias do mês de abril do ano de mil novecentos e vinte e oito, às quatorze horas, no edifício previamente destinado para o Forum, à Rua Rodrigues Alves n. 1, desta cidade de Lins, do Estado de São Paulo, presentes o Exmo. Sr. Dr. Antonio Carlos de Salles Júnior, DD. Secretário da Justiça e da Segurança Pública, o Dr. Sebastião Soares, MM. Juiz de Direito da Comarca, o Dr. Arnaldo Bastos, DD. Promotor Público e Dr. José Bella Júnior, ambos da Comarca; o Sr. Paulo Lusvarghi, Prefeito Municipal, Cel. Pedro Dias de Campos, Comandante da Força Pública, deputados federais Drs. José Maria Bello e Cesar Vergueiro, deputados estaduais Drs. Hilário Freire e Piza Sobrinho, os Drs. Cândido Cintra e Herotides de Silva Lima, Juízes de Direito do Estado, autoridades, representantes das comarcas vizinhas e mais pessoas gradas. Pelo Exmo. Sr. Secretário da Justiça foi aberta a Sessão, declarando que seu fim era instalar solenemente esta Comarca, criada pela Lei n. 2.199, de 27 de setembro de 1927. Em seguida, o mesmo Exmo. Sr. Secretário pronunciou um substancioso discurso alusivo ao ato, findo o qual, com toda a solenidade declarou instalada esta Comarca de Lins, passando, a seguir, a presidência do ato ao Exmo. Sr. Sebastião Soares - Juiz de Direito da Comarca, que leu o teor da Lei n. 2.199, de 1927, que criou a Comarca e o título de nomeação que o investia nas funções do seu cargo; logo após, tomou posse no seu cargo de promotor público, o Dr. Arnaldo Bastos, cujo título de remoção foi perante o auditório lido pelo MM. Juiz; em seguida, o MM. Juiz deferiu a mim, escrivão adiante nomeado, e aos demais serventuários e auxiliares da Justiça, o compromisso de bem e fielmente exercer os respectivos cargos, para os quais foram nomeados pelas portarias desta data, lidas em sessão pelo MM. Juiz, compromisso que foi por todos aceito, como consta do respectivo termo lavrado em livro próprio do Cartório do Júri. Pediram em seguida a palavra os Srs. Dr. Sebastião Soares, Juiz de Direito, o Dr. Promotor Público da Comarca, o Dr. J.L. da Graça Veiga, pela Municipalidade e pelo povo, o Dr. Edgard de Novaes França, pela classe dos advogados, e outros oradores, tendo antes o MM. Juiz pronunciado seu discurso. Apresentou escusas do seu não comparecimento a esta solenidade, o Exmo. Sr. Dr. João Marcelino Gonzaga, MM. Juiz de Direito de Pirajuí, digo, e outros oradores, Dr. Câmara Leal, pela imprensa, Vito Palo, pela colônia italiana, Prof. Sejan Espires, pela colônia síria, Dr. Manoel Pinto dos Santos, representante da colônia portuguesa, o representante da colônia japonesa, que proferiu um discurso de saudação ao Exmo. Sr. Presidente do Estado e ao Exmo. Sr. Secretário da Justiça, de satisfação pela criação da Comarca, tendo, em seguida, num vibrante e belíssimo discurso, respondido a todos os oradores o Exmo. Sr. Secretário da Justiça. Nada mais havendo, mandou o MM. Juiz lavrar esta ata para ser assinada pelo Exmo. Sr. Secretário da Justiça, por ele Juiz, pelos serventuários e demais auxiliares da Justiça, e pelas pessoas presentes que o desejassem fazer, ordenando que se enviasse cópias dela aos Exmos. Srs. Presidentes do Estado e do Egrégio Tribunal de Justiça, à Secretaria da Justiça e da Segurança Pública. Eu, Elias Alves Correa, Escrivão do Júri e seus Anexos, escrevi e assino. (aa) Antonio Carlos de Salles Júnior, Sebastião Soares, Luiz de Toledo Piza Sobrinho, Cândido da Cunha Cintra, Elias de Souza Antunes, João Mendes de Moraes, ilegível, Gumercindo Pereira dos Reis.